Introdução
O suicídio é um grave problema de saúde públicaA prevenção do comportamento suicida é uma tarefa difícil, mas fundamental.Como várias doenças mentais são associadas ao suicídio, a detecção precoce e o tratamento adequado são fundamentais na sua prevenção.
* Uma das três principais causas de morte entre pessoas entre 15 e 35 anos* Tem aumentado o número de jovens que cometem o suicídio, em relação aos idosos, nos últimos 50 anos.* Para cada suicídio, geralmente 5 ou 6 pessoas próximas ao falecido sofrem sérias consequências emocionais, sociais e econômicas
• Essas taxas variaram de 3,9 a 4,5 para cada 100 mil habitantes a cada ano, entre os anos de 1994 e 2004• No entanto, como se trata de um país populoso, está entreos dez países com maiores números absolutos de suicídio (7.9.7 em 2004).
* perdas recentes• perdas de figuras parentais na infância• dinâmica familiar conturbada
• datas importantes
• reações de aniversário• personalidade com traços significativos de impulsividade, agressividade, humor lábil
• doenças orgânicas incapacitantes• dor crônica• lesões desfigurantes perenes• epilepsia• trauma medular* Neoplasias malignas* AIDS
- Ouça com cordialidade.
- Trate com respeito.
- Empatia com as emoções.
- Cuidado com o sigilo.
• Ouvir atentamente, com calma.• Entender os sentimentos da pessoa (empatia).• Dar mensagens não verbais de aceitação e respeito.• Expressar respeito pelas opiniões e pelos valores da pessoa.• Conversar honestamente e com autenticidade.• Mostrar sua preocupação, seu cuidado e sua afeição.• Focalizar nos sentimentos da pessoa.
• Interromper muito freqüentemente.• Ficar chocado ou muito emocionado.• Dizer que você está ocupado.• Fazer o problema parecer trivial.• Tratar o paciente de uma maneira que possa colocá-lonuma posição de inferioridade.• Dizer simplesmente que tudo vai ficar bem.• Fazer perguntas indiscretas.
* Depressão e Transtorno BIpolar* Esquizofrenia* Transtornos de Personalidade* Transtornos secundários ao uso de drogas
ATENÇÂO a quem apresenta:
1. comportamento retraído, inabilidade para se relacionar com a família e amigos, pouca rede social
2. doença psiquiátrica
3. alcoolismo
4. ansiedade ou pânico
5. mudança na personalidade, irritabilidade, pessimismo, depressão ou apatia
6. mudança no hábito alimentar e de sono
7. tentativa de suicídio anterior
8. odiar-se, sentimento de culpa, de se sentir sem valor ou com vergonha
9. uma perda recente importante – morte, divórcio, separação
10. história familiar de suicídio
11.desejo súbito de concluir os afazeres pessoais, organizar documentos, escrever um testamento
12. sentimentos de solidão, impotência, desesperança
13.cartas de despedida
14.doença física crônica, limitante ou dolorosa
15. menção repetida de morte ou suicídio.
• Estar junto da pessoa. Nunca deixá-la sozinha.• Gentilmente falar com a pessoa e remover pílulas, faca, arma, venenos, etc. (distância dos meios de cometer suicídio). Explicar que você está ali para ajudá-la, protegê-la e que no momento ela parece estar com muita dificuldade para comandar a própria vida.• informar a família e reafirmar seu apoio, já descritos.• Se onde você trabalha o psiquiatra não está acessível ou não tem hospitalidade diurna e noturna, esta é uma situação de emergência. Entre em contato com um profissional da saúde mental ou do serviço de emergência mais próximo. Providencie uma ambulância e encaminhe a pessoa ao pronto-socorro psiquiátrico, de preferência.
Explique ao profissional que irá recebê-la o resultado da sua avaliação, pois é indispensável que ele entenda o motivo do encaminhamento. Além do mais, você já conse guiu obter informações importantes.
• Se no local em que você trabalha pode ser feita a avaliação psiquiátrica ou existe hospitalidade diurna e noturna, um acolhimento pode ser feito, seguido de investigação inicial e posterior tratamento.
Tente convencer a pessoa a permanecer no serviço para receber ajuda e os cuidados necessários. Mesmo em um ambiente protegido, eladeverá ficar sob maior observação, pois ainda existe o risco de ela tentar o suicídio utilizando os meios que estiverem ao seu alcance.
Se você esgotou todas as tentativas de convencimento do paciente para uma internação voluntária e percebe um risco de suicídio iminente, peça ajuda da família, pois uma internação involuntária poderá ser necessária.
• Ouvir, mostrar empatia, e ficar calmo.• Ser afetuoso e dar apoio.• Levar a situação a sério e verificar o grau de risco.• Perguntar sobre tentativas anteriores.• Explorar as outras saídas, além do suicídio.• Perguntar sobre o plano de suicídio.• Ganhar tempo – faça um contrato.• Identificar outras formas de dar apoio emocional.• Remover os meios pelos quais a pessoa possa se matar.• Tomar atitudes, conseguir ajuda.• Se o risco é grande, ficar com a pessoa.
• Ignorar a situação.• Ficar chocado ou envergonhado e em pânico.• Tentar se livrar do problema acionando outro serviço econsiderar-se livre de qualquer ação.• Falar que tudo vai ficar bem, sem agir para que isso aconteça.• Desafiar a pessoa a continuar em frente.• Fazer o problema parecer trivial.• Dar falsas garantias.• Jurar segredo.• Deixar a pessoa sozinha.