Interface com doenças físicas e transtornos mentais
Dependência
Abordagem do tabagista
– Não farmacológica
– Farmacológica
Prevalência de Tabagismo no Brasil
1989 (32%) à 2003 (19%)
90% dos fumantes começam a fumar antes dos 19 anos
Idade média de iniciação: 15 anos
No mundo, 100.000 jovens começam a fumar a cada dia, 80% vivem em países pobres.
2ª droga mais consumida entre os adolescentes
Tabagismo e Doenças
Morbi-mortalidade relacionada ao Tabagismo
Causa 85% dos cânceres de pulmão
Causa 30% dos demais tipos da câncer
Causa de 20 a 30% dos IAM
5.000.000 de óbitos/ano no mundo
Principal causa de morte evitável em países industrializados
Taxa de aborto espontâneo é 1,7 vezes maior
Aumenta em 1,4 vezes a chance de ter um bebê prematuro
Duplica o risco do RN nascer com baixo-peso
Morte perinatal é 1,3 vezes maior
Tabagismo e Transtornos Mentais
Maiores taxas de tabagismo em portadores de transtornos mentais
80% dos esquizofrênicos fumam
Reduz a concentração plasmática de psicofármacos
Manejo cuidadoso do tabagismo em portadores de depressão ou ansiedade
Dependência
Monóxido de carbono – relacionado a hipoxia tecidual
Alcatrão: relacionado aos cânceres
Nicotina – responsável pela dependência ao promover a liberaçao de dopamina e estimular o circuito do prazer
Síndrome de Dependência (CID-10, OMS)
Presença de três ou mais requisitos abaixo durante o ano anterior:
A - Forte desejo ou compulsão para consumir a substância
B - Dificuldade de controlar o consumo no início, término ou quantidades consumidas
C - Sintomas da abstinência, quando o consumo é reduzido ou interrompido
D - Aumento progressivo da tolerância, requerendo doses cada vez maiores da droga para alcançar seus efeitos originais
E - Abandono progressivo dos interesses e atividades de lazer, aumentando a quantidade de tempo necessário para obter, tomar e/ou recuperar-se dos efeitos da droga
F - Persistência no uso da substância, apesar das evidências nocivas
Abordagem
Intervenção Mínima
Perguntar se o paciente fuma
Aconselhar que interrompa o uso
Oferecer auxílio para a interrupção
Acompanhar
Avaliação do tabagista
Avaliação da motivação
Tentativas anteriores de interrupção
Nível de dependência
Comorbidades
Barreiras
Medo do fracasso
Ganho de peso
Fissura
“Gatilhos”
Estágios de Mudança
Escala de Fargeström
Quanto tempo depois de acordar você fuma o primeiro cigarro?
Você tem dificuldade de ficar sem fumar em locais proibidos?
Que cigarro é mais difícil de evitar?
Quantos cigarros você fuma por dia?
Você fuma mais nas primeiras horas do dia?
Você fuma mesmo quando está doente?
Abordagem cognitivo comportamental
Combina intervenções cognitivas com treinamento
de habilidades comportamentais
Envolve o estímulo ao auto-controle e auto-manejo
Torna o indivíduo agente de mudança de seu próprio comportamento
Abordagem farmacológica
1ª linha
Terapia de Reposição de Nicotina
Adesivo transdérmico (21, 14 e 7 mg de nicotina)
Goma de mascar (2 mg de nicotina)
Bupropiona
2ª linha
Nortriptilina
Retorno à saúde
Após 20 minutos a pressão sangüínea e o pulso voltam ao normal
Após 24 horas a nicotina e o monóxido de carbono são eliminados completamente do organismo
Após 72 horas a respiração se torna mais fácil, e a disposição geral aumenta
Após 1 ano o risco de infarto do miocárdio se reduz a metade
Após 10 anos o risco de câncer de pulmão diminui para a metade e o de infarto do miocárdio fica igual ao de quem nunca fumou
INCA/MS, 2003
Objetivos do Programa Nacional de controle do Tabagismo
Reduzir a morbi-mortalidade causada pelo tabagismo
Reduzir a prevalência de fumantes
Prevenção da iniciação
Cessação do tabagismo
Proteção ao não fumante
* bibliografia: Aula do Programa de Educaçao continuada da Associaçao brasileira de Psiquiatria: Renata Cruz Soares de Azevedo